A proposta da Metodologia Lean no mundo corporativo está no estímulo à identificação e redução de desperdício nos mais variados sentidos. Pode estar relacionado ao tempo de trabalho, ao uso da matéria-prima, ou aos recursos financeiros disponíveis. 

Apesar de ter nascido no pós-Guerra no Japão, dentro dos parques industriais, essa metodologia preza pela obtenção da eficiência em todos os processos implementados para a produção em massa. 

Além disso, tem como objetivo implementar melhorias no ambiente de trabalho, proporcionando mais agilidade e capacidade de entrega superior. 

Na prática, é encontrar o que está falhando ou provocando problemas e tentar corrigir o quanto antes. 

Um detalhe muito importante é que toda e qualquer empresa precisa estar devidamente estabelecida em um imóvel apropriado, mesmo que seja necessário alugar endereço comercial dentro do zoneamento urbano estabelecido pelo poder público.

Dessa forma, as empresas atendem, desde o princípio, às normas de segurança exigidos por órgãos fiscalizadores, entidades de classe e sindicatos patronais e dos trabalhadores. 

Ferramentas 5S para aplicação de metodologia Lean

A otimização dos processos de trabalho visam a eliminação de qualquer ponto que se apresenta como desperdício, seja de matéria-prima, do tempo e de outros insumos. 

Por ter como origem japonesa, foram estabelecidas 5 ferramentas, utilizando as iniciais de palavras do idioma local, sendo elas:

  • Seiketsu – Padronização;
  • Seiri – Utilização;
  • Seiso – Limpeza;
  • Seiton – Ordenação;
  • Shitisuke – Disciplina.

Vale a pena se aprofundar em cada uma dessas ferramentas, levando em consideração que muitas empresas adotam essa metodologia 

  1. Seiketsu – padronização geral 

A padronização no ambiente de trabalho é uma forma de garantir que os setores se mantenham ativos de forma contínua. 

Isso significa que cada um depende do outro e, portanto, com a padronização é possível estabelecer o tempo disponível para cada atuação de maquinário, disposição de matéria-prima, ou de bens de consumo intermediários, até chegar ao resultado final. 

É uma estratégia aplicada para que funcionários tenham hábitos regulares na rotina, como a manutenção das ferramentas utilizadas no dia a dia, da manutenção de equipamentos e tudo devidamente identificado, organizado e limpo.

  1. Seiri – melhor utilização de tempo e material

Aqui a organização fala mais alto, pois é preciso determinar o que será utilizado primeiro e disponibilizar o material a ser transformado, priorizando a facilidade de acesso ao que se utiliza no dia a dia. 

Essa ferramenta é empregada com sucesso na automação industrial, como automação de máquinas industriais. Entretanto, é possível observar em outros ambientes de trabalho, como lanchonetes que mantém um espaço para cada etapa na produção de um lanche.

A instalação proposta por meio de um projeto de montagem industrial pode se estender, portanto, a outros ambientes de trabalho, como uma loja de roupas e calçados, ou mesmo um restaurante cujas mesas são dispostas para garantir melhor agilidade na entrega dos pratos.

  1. Seiso – promoção da limpeza do local

Pode parecer estranho em um primeiro momento, mas a limpeza é fundamental para qualquer ambiente de trabalho. 

Uma marcenaria trabalha com madeira, e todos os produtos fabricados produzem muita serragem. 

O acúmulo desse material pode provocar diversos problemas, inclusive provocando mal-estar nos funcionários. 

Sendo assim, é preciso garantir a limpeza do local de trabalho, contando com a participação de todos, mesmo que a empresa conte com funcionários dedicados a essa tarefa.

Além disso, é importante observar pontos que fazem toda a diferença, como:

  • Ambientes bem iluminados;
  • Manutenção de equipamentos de climatização;
  • Periodicidade na limpeza do espaço;
  • Remoção de resíduos que causam mau cheiro;

Aqui cabe a observação em relação à organização do espaço, tempo desperdiçado caso tenha que aguardar a remoção de resíduos sólidos, ou até mesmo os prejuízos em relação à saúde.

  1. Seiton – ordenação na linha de produção

Quando se trata da implementação da metodologia Lean, a ferramenta seiton é uma das mais importantes quando colocada em prática.

A ordenação trata da identificação das bancadas de trabalho, de cada ponto específico de uma linha de produção, assim como das ferramentas e maquinários utilizados no dia a dia de uma planta fabril. Ou qualquer que seja a área de atuação empresarial. 

Dessa maneira, é possível estabelecer a ordenação de uso de cada ferramenta, entre a de uso mais frequente até aquela que tem necessidades esporádicas. 

Com isso, o armazenamento mantém a organização e, quando necessário, pode ser encontrado onde foi estabelecido.

Isso economiza tempo e esforço do trabalhador, além de não atrapalhar o andamento das tarefas propostas para as equipes. 

  1. Shitisuke – Disciplina em seguir regras

Essa ferramenta atinge diretamente o bom senso de cada profissional. Cumprir o horário de entrada e saída no ambiente de trabalho, reconhecer as funções exercidas e manter o respeito e a disciplina perante os outros funcionários é essencial e faz toda a diferença.

Isso determina que funcionários de uma fábrica de cortinas automáticas, por exemplo, devem cumprir os horários e deixar para fazer qualquer atividade pessoal, como exercícios físicos, em horários que não prejudiquem seus deveres. 

Mais uma vez, o respeito com o próximo proporciona um clima organizacional fluido e eficiente, atendendo a demanda das tarefas de maneira propícia e dentro dos padrões exigidos pelo 5S e a metodologia Lean.

Ferramentas aplicadas em diferentes ambientes

A estratégia de 5S não é a única que pode ser empregada em plantas fabris ou em estabelecimentos comerciais. 

Por isso, vale destacar ao menos outras 4 ferramentas que podem ser aplicadas na rotina empresarial. 

Algumas até remetem às práticas estabelecidas pelo sistema 5S, porém possuem características próprias. São algumas opções:

  1. Eventos Kaizen

Não é coincidência essa metodologia ter a mesma origem do 5S. entretanto, a palavra kaizen pode ser traduzida livremente para “melhoria contínua”.

Dessa forma, os eventos Kaizen tratam de melhorias que podem ser implementadas continuamente em um ambiente de trabalho, como a elaboração de pgr (Programa de Gerenciamento de Riscos).

Essa metodologia é bastante explorada pois tem uma geração de custos relativamente baixa, em comparação a outros, e não exige mudanças radicais na rotina da empresa. 

  1. Gestão Visual

As ferramentas de gestão visual estão associadas à comunicação em forma de figuras, tratando como linguagem universal e que pode ser aplicada em filiais de empresas globalizadas.

Esse modelo de ferramenta permite que, por exemplo,  a montagem de divisórias sanitárias em granito em um estabelecimento comercial como um supermercado, ou um açougue, siga os padrões para o bom funcionamento estabelecido desde o desenvolvimento inicial. 

A instalação de um quadro de controle de manutenção estabelece um vínculo de segurança entre a empresa e os operadores de máquinas e equipamentos. 

Isso permite que seja desenvolvido um planejamento em relação às atividades e as paradas obrigatórias, sem prejudicar o andamento das tarefas. 

Caso seja necessário, é possível providenciar materiais sobressalentes de uma possível instalação de estação de trabalho 8 lugares. Isso irá encurtar o tempo da obra e não prejudica o dia a dia dos funcionários. 

  1. Kanban

O kanban, outra ferramenta de origem oriental, trata da produção em relação ao momento em que um cliente faz uma solicitação.

As agências de comunicação e publicidade utilizam software de acompanhamento das tarefas, por exemplo, com a divisão em 3 colunas distintas, indicando o que se tem que fazer, o que está sendo feito, e o que já foi concluído.

Profissionais que trabalham na área da construção civil fazendo muro gradil também podem adotar essa ferramenta, para estabelecer as etapas que faltam para finalizar um projeto imobiliário.

  1. Trabalho Padronizado

Esse processo está relacionado à linha de montagem empregada, em um primeiro momento, na indústria automobilística. 

A padronização das tarefas repetitivas torna o processo mais eficiente, com foco em tarefas específicas em cada setor.

Para estabelecer essa metodologia de maneira correta é possível apresentar um diagrama de trabalho padronizado, demonstrando os movimentos de operadores, conforme cada processo é realizado. 

A metodologia se amplificou para outros ambientes de trabalho, como as linhas que produzem portão de alumínio automático e são direcionados para as empresas com bens de consumo intermediários. 

Aqui, o 5S é importante pois é necessário disponibilizar as ferramentas e a matéria-prima de forma organizada, para reduzir ao máximo qualquer deslocamento ou perda de tempo para procurar alguma ferramenta.

Conclusão

Como cada empresa possui finalidades distintas, é preciso identificar qual a ferramenta da metodologia Lean que melhor se encaixa na rotina de trabalho. 

Todos os setores podem ser mais produtivos e eficientes, desde que a empresa entenda a importância em prover investimentos para a atualização de maquinários e treinamento de funcionários. 

A aplicação de ferramentas adequadas em relação à metodologia Lean proporcionam práticas avançadas, contribuindo de maneira eficaz no sucesso do empreendimento, qualquer que sejam as metas e objetivos traçados. 

Quanto antes se aplicam as técnicas apresentadas, melhor a produtividade, a qualidade do ambiente de trabalho e a valorização da mão de obra capacitada e especializada.Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Business Connection, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

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